Você sabe a importância de conhecer a taxa de ocupação hospitalar? Pois, entenda que usar indicadores de desempenho eficazes é fundamental para manter uma gestão efetiva e proporcionar o melhor atendimento possível aos clientes. Nesse caso, especialmente, vai contribuir para compreender se há leitos disponíveis para todos os pacientes, se os espaços da unidade de saúde estão sendo bem aproveitados, entre outros.
Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para apresentar informações relevantes sobre o assunto. Confira!
O que é a taxa de ocupação hospitalar e para que serve?
Trata-se de uma métrica essencial para que a gestão possa determinar a capacidade atual de atendimento. Por meio dos números entrados, é possível estabelecer:
- a margem de leitos ocupados ou desocupados;
- intervalos de substituição com precisão;
- volume de aderência a novas admissões;
- média estimada do tempo de permanência dos pacientes;
- capacidade máxima;
- necessidade de abertura de novos leitos etc.
Por que é tão importante?
Esse índice pode proporcionar uma série de benefícios, tanto para o hospital quanto para os pacientes. Veja a seguir os principais!
Conhecimento sobre a capacidade de ocupação do hospital
O controle e o acompanhamento de dados a respeito da capacidade de atendimento do hospital são importantes para a avaliação da possibilidade de admissão de novos pacientes e das movimentações dos indivíduos entre os mais variados setores da unidade, como centro cirúrgico, UTI, enfermarias e demais.
Assim, fica mais fácil executar todas as tarefas e realizar as autorizações de forma segura, colaborando para um melhor acolhimento das pessoas.
Avaliação da qualidade de leitos
A finalidade é analisar se existe a disponibilidade adequada e se os tratamentos estão sendo efetivos. Para isso, é necessário averiguar a taxa de ocupação de leitos, tempo médio de permanência, índice de alta, intervalos de substituição, entre outros registros relevantes.
Minimização dos custos com manutenção
Essa é uma tarefa que custa caro para o hospital, já que engloba despesas com limpeza, desinfecção e a própria manutenção. Nesse cenário, é preciso contar com dados confiáveis para assegurar que os recursos aplicados sejam melhores aproveitados e diminuídos dentro dos limites possíveis.
Aproveitamento adequado das possibilidades oferecidas pela estrutura
O acompanhamento da taxa de ocupação hospitalar colabora para a elaboração de um planejamento mais eficiente para identificar os setores com maior número de leitos ociosos e o que pode ser feito para melhor aproveitá-los. Nesse caso, alterações no espaço podem ser realizados para assegurar o uso otimizado do ambiente e um melhor aproveitamento dos recursos.
Fornecimento de melhor serviço aos pacientes
Ao fazer uma comparação da taxa de ocupação com os níveis de infecções, tempo de internação e óbitos, é possível verificar se as internações estão muito longas, necessidade de investir melhor na desinfecção, equipamentos de proteção e demais estratégias capazes de solucionar os problemas e proporcionar um serviço de qualidade aos pacientes.
Como calculá-la?
O cálculo para mensurar a taxa de ocupação hospitalar consiste em dividir o número de pacientes atendidos no dia pela quantidade de leitos disponíveis nesse mesmo dia (número de pacientes – dia / números de leitos – dia x 100).
Vamos considerar um hospital com 150 pacientes e 300 leitos. Para saber a taxa de ocupação, divida 150 por 300, chegando ao resultado de 0,5%. Após, multiplique por 100. Dessa forma, a taxa de ocupação é 50%.
É importante ressaltar que esse número pode ser superior a 100% e que os leitos abrangidos na conta não consideram pacientes em observação, que estão se recuperando de algum procedimento, mas que vão embora rapidamente, e outros transitórios.
Também é importante desconsiderar os leitos que se encontram bloqueados, por exemplo. Afinal, o intuito é ter uma base concreta da quantidade de pacientes que a unidade comporta, e não de potencial alcance.
Quais seus impactos na gestão?
Como já foi dito, o indicador de taxa de ocupação hospitalar ajuda na compreensão de aspectos como rotatividade, ociosidade e tempo de ocupação, o que possibilita um planejamento conciso a respeito de todos os processos.
No caso de doenças infectocontagiosas, como a pandemia provocada pelo novocoronavírus, em que é necessário um longo tempo de internação, inclusive na UTI, é possível desenvolver estratégias mais efetivas para solucionar problemas relacionados à escassez de leitos por meio da avaliação desse indicador.
Entre as práticas que podem ser aplicadas nesse cenário estão a aquisição de equipamento para oferecer o tratamento adequado aos pacientes, projeto de ampliação da estrutura e demais.
Quais as boas práticas para reduzir a taxa de permanência no hospital?
É possível colocar algumas práticas em ação como forma de reduzir a taxa de permanência no hospital. Conheça algumas delas!
Controle do fluxo de paciente no período de internação
A primeira dica é reduzir o tempo desnecessário de ativos essenciais em uma instituição de saúde, por exemplo, leitos de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e centro cirúrgico. A gestão depende da qualificação de uma equipe multidisciplinar, médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, entre outros, para uma atuação mais colaborativa, desde a entrada do paciente até a execução dos procedimentos.
Também é possível contar com o uso de ferramentas que simplifiquem a análise do prontuário, o encaminhamento de exames, prescrição de medicamentos e outros procedimentos importantes para o suporte à saúde.
Redução do tempo de permanência
Com a implementação de várias melhorias de processos, automação, capacitação da equipe e utilização de alternativas menos invasivas, o paciente fica menos tempo no hospital. Também, existe a possibilidade de transferência de pacientes crônicos e de longa permanência para os cuidados homecare.
Desospitalização em determinados casos
Os pacientes que se encontram em fases de tratamento e recuperação, ou que necessitam de procedimentos cirúrgicos mais simples, podem ser encaminhados para um hospital-dia ou receber os cuidados por meio do sistema de assistência em domicílio. Isso vai evitar a internação desnecessária, deixando espaço para atendimentos emergenciais.
Implementação de protocolos clínicos
Os protocolos clínicos ajudam os profissionais nas tomadas de decisões que requerem padrões clínicos e subsídios teóricos confiáveis, o que vai agilizar toda a trajetória de assistência.
Como pode perceber, a taxa de ocupação hospitalar é um indicador fundamental, tendo em vista que esse número pode direcionar ações que busquem melhorar os processos internos, além de proporcionar um parâmetro consistente para a capacidade de atendimento do local. Sendo assim, é importante colocar as dicas apresentadas em prática e, assim, garantir uma gestão mais eficiente, capaz de obter melhores resultados.
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