Implementar estratégias eficazes em prol da prevenção de infecção hospitalar é um tema relevante e que precisa ser abordado nas unidades de saúde. Isso porque se trata de um grande desafio, principalmente pela capacidade desse problema elevar o índice de mortalidade dos pacientes e a aquisição de doenças decorrentes das atividades laborais por parte da equipe de colaboradores.
Esse é um fator ainda mais preocupante por se tratar de um local com bastante circulação, o que aumenta a presença de microrganismos, tanto nas superfícies quanto no ar, dificultando ainda mais esse controle.
Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para apresentar dicas importantes que podem ser adotadas com o intuito de prevenir o risco de infecção hospitalar.
Acompanhe!
1. Lavar as mãos com frequência
A rotina em um hospital envolve o contato com superfícies, produtos, secreções e demais componentes que podem apresentar contaminação. Por esse motivo, é muito importante higienizar as mãos com frequência, já que essa prática diminui de maneira considerável os níveis de doenças infectocontagiosas e demais problemas.
É importante ter em mente que as mãos são bastante usadas pelos profissionais da saúde durante o atendimento. Sendo assim, a qualidade do serviço e a segurança dos funcionários e dos pacientes dependem da sua assepsia constante. Nesse caso, é possível usar sabonete degermante, álcool 70% ou outra substância capaz de evitar a contaminação por germes, bactérias e demais microrganismos. Além disso, é preciso calçar as luvas com cuidado para assegurar o máximo de proteção.
2. Usar EPI’s adequados
O ambiente hospitalar envolve vários riscos, principalmente os biológicos, provocados pelo contato com fungos, bactérias e demais agentes capazes de provocar infecção. O dia a dia também envolve riscos ocasionados pela manipulação de produtos químicos, fluídos corporais e contato com pessoas infectadas.
Sendo assim, no momento de prestar os cuidados aos pacientes e fazer demais funções, é imprescindível o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Entre os mais usados em uma unidade hospitalar estão:
- máscaras: usar quando entrar em contato com os pacientes, para diversos tipos de procedimentos. Devem ser descartadas depois do uso;
- luvas: devem ser usadas em procedimentos gerais e também precisam ser descartadas;
- óculos de proteção: devem ser usados com a finalidade de proteger os olhos dos funcionários contra secreções ao longo dos procedimentos. Devem ser higienizados e esterilizados após o uso;
- aventais: o uso de vestimentas apropriadas assegura o colaborador de respingos e substâncias contaminantes. Precisam ser descartadas ou higienizadas depois do uso;
- toucas: entre as suas principais finalidades está a de proteger contra agentes contaminantes e evitar que cabelos caiam durante a execução de procedimentos. Também devem ser descartadas.
3. Esterilizar os materiais a cada uso
Bem como a lavagem das mãos é uma prática fundamental, a esterilização dos materiais também deve ser feita. Isso porque não adianta nada limpar bem as mãos e descuidar dos materiais que serão usados ao longo dos procedimentos, independentemente de quais sejam.
Geralmente, todas as unidades de saúde precisam ter um Centro de Materiais e Esterilização (CME), que é um setor responsável por elevar a prevenção de infecção hospitalar ao praticar técnicas de esterilização, criando uma atuação alinhada com a equipe de enfermagem. Nesse caso, o intuito é desinfectar os equipamentos não descartáveis de bactérias, vírus e fungos.
Entre as fases desse processo estão:
- encaminhamento ao expurgo: área criada para receber o material sujo;
- preparação dos equipamentos: etapa responsável por identificar, inspecionar, selecionar e embalar para a próxima fase;
- esterilização: esse é o momento de limpar os materiais por meio do uso de meios químicos ou físicos, respeitando o período e as classes de agressividade de cada um;
- distribuição dos equipamentos: após serem adequadamente higienizados, os itens devem ser enviados para os departamentos onde serão usados.
4. Usar materiais descartáveis durante os cuidados
Os materiais descartáveis reduzem de forma considerável os riscos de contaminação hospitalar. Além disso, ajudam na proteção dos funcionários e reduzem a disseminação de vários patógenos. Entre os itens descartáveis mais comuns nos hospitais estão: luvas, toucas, seringas, agulhas, gaze, máscaras, entre outros.
Além de usar itens descartáveis, é preciso estar atento à destinação adequada após seu uso. Por esse motivo, separe materiais perfurocortantes, contaminantes e demais resíduos hospitalares do lixo comum para uma adequada destinação.
5. Manter precauções de contato
Da mesma forma que as medidas primárias são essenciais, manter as precauções de contato é outro cuidado eficaz para assegurar a mitigação de infecções hospitalares. Assim, a medida deve ser aplicada a todos os pacientes, tanto os acomodados nos quartos quanto em isolamento.
Sendo assim, é preciso usar luvas, máscaras, aventais e vestimentas próprias. Ainda, evitar o compartilhamento de materiais e se prevenir contra a transmissão por gotículas expelidas pela tosse, fala, respiração, entre outros que podem acontecer por meio de um contato mais próximo com o paciente. Nos casos mais graves, usar máscaras PFF2, que é uma peça facial filtrante.
Em situações nas quais o paciente precisa ficar isolado, ele deve ser mantido em quarto privado, que tenha um sistema de ventilação apropriado e, também, manter a porta sempre fechada e usar máscaras e luvas ao entrar no local.
6. Respeitar os protocolos de limpeza local
Cada unidade de saúde tem um protocolo de limpeza adequado, criado com o objetivo de proporcionar segurança aos pacientes e à equipe. Nos dias atuais, todo colaborador ativo precisa respeitar os padrões técnicos e éticos, como forma de assegurar que a prevenção de infecção hospitalar alcance os resultados esperados.
Por isso, é necessário se atentar às normas de higienização, padrões de condutas no ambiente laboral e às orientações dos gestores do departamento. Assim, é possível manter um trabalho de qualidade e seguro.
Como você pôde perceber, não há dúvidas da relevância em adotar medidas para a prevenção de infecção hospitalar. Afinal, por meio de ações bem planejadas, é possível evitar a propagação de agentes contaminantes e, assim, garantir a segurança e a integridade física da equipe de funcionários e dos pacientes. Essas medidas devem ser respeitadas por todos, já que o comprometimento e o engajamento são fatores indispensáveis para o alcance dos resultados esperados.
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