A saúde integral é um conceito bastante relevante nos dias atuais, principalmente por se tratar de um modelo que tem como foco o entendimento de que não existe uma separação entre saúde física, mental e social. Assim, para o bem-estar completo, o atendimento precisa contemplar todos esses âmbitos.
Além disso, a saúde integral tem sido constantemente ligada a um atendimento acolhedor, respeitoso, de qualidade e digno, com o intuito de proporcionar uma qualidade de vida plena e longeva, contribuindo para que o paciente possa lidar com seu dia a dia de uma maneira mais positiva.
Quer entender melhor como funciona esse modelo de cuidado que ganha cada vez mais espaço? Então, continue a leitura!
Como é possível abordar a saúde integral no hospital?
A saúde integral envolve o bem-estar físico, psicológico e social do indivíduo, não sendo considerada apenas na ausência de enfermidades. Assim, é fundamental ter uma abordagem mais ampla, para realmente fazer um diagnóstico mais preciso do paciente.
Médicos e demais profissionais da saúde precisam avaliar as pessoas e estabelecer as questões decisivas que influenciam, de maneira positiva e negativa, a saúde e o bem-estar, usando perguntas precisas.
Veja como isso pode ser feito.
Saúde física
Nesse caso, a abordagem precisa entender:
- se o paciente sente dores;
- se está bem fisicamente;
- se faz atividades físicas regulares;
- como andam os exames médicos;
- se existe alguma condição física preocupante;
- o que pode ser feito para melhorar essa condição etc.
Saúde mental
Nesse ponto, a abordagem deve identificar:
- como está o humor do paciente;
- como ele se sente na maior parte do dia (feliz, ansioso, nervoso, triste);
- como as emoções interferem em sua vida;
- quais são os principais pensamentos na maior parte do dia;
- como lida com as situações do dia a dia.
Saúde social
Entre as questões relevantes a respeito da saúde social, as perguntas que podem ser feitas são:
- quantos relacionamentos significativos o paciente tem;
- qual é a qualidade desses relacionamentos;
- como é possível se relacionar melhor com as pessoas;
- como ele se relaciona com a família;
- sabe compreender e é compreendido etc.
Essas são somente algumas questões-chave que colaboram para a qualidade da saúde integral.
Sendo assim, é importante ter em mente que todas essas áreas são essenciais para uma melhor qualidade de vida. Além de ser necessário se sensibilizar com os indivíduos em relação ao tratamento e seu devido acompanhamento, tendo em vista que várias doenças físicas estão ligadas a causas emocionais intrínsecas e não podem ser diagnosticadas e tratadas de forma separada.
Assim, também é importante estimular o autoconhecimento, para que o próprio paciente consiga identificar e entender as esferas que necessitam de cuidados, por meio de orientações de especialistas que vão ajudar a criar as melhores ações para tratar e lidar com essas dificuldades.
Afinal, é preciso salientar que o acompanhamento psicológico ajuda as pessoas a suportar os desafios, incluindo solidão, ansiedade, conflitos familiares, depressão, entre outros.
Como um atendimento humanizado e personalizado se relaciona com a abordagem da saúde integral?
É fato que o uso de modelos padronizados de atendimento não é eficaz para atender a uma necessidade que muda e é influenciada por diversos aspectos. Sendo assim, para criar um plano de atendimento, assistência e cuidados personalizados precisam ser considerados como ponto essencial para atingir o objetivo de um tratamento satisfatório.
Do ponto de vista do relacionamento entre profissional da saúde e paciente, a atenção integral se refere tanto à disponibilização de todos os meios técnicos disponíveis para a preservação da saúde quanto em relação à forma pelas quais os vínculos se estabelecem, como respeito, empatia e boa comunicação.
A relação médico-paciente apropriada se torna um fato imprescindível não apenas em relação à adesão aos tratamentos, mas na manutenção da estabilidade emocional e física dos indivíduos. Um atendimento humanizado preza por consultas que promovam a escuta ativa, possibilitando que os pacientes se abram não somente em relação às suas enfermidades, mas também sobre qualquer outro sofrimento que passam.
Além disso, é preciso que os profissionais da saúde consigam interpretar a linguagem não verbal expressa pelas pessoas. Assim, fica mais fácil abordar nas consultas outros assuntos importantes que, em alguns casos, podem ser a causa do problema emocional.
Saber entender que um paciente que fica de braços cruzados ao longo de toda a consulta pode não estar disposto a receber as orientações que são repassadas. Ou que, apesar de estar aberto, pode passar por um processo depressivo, que é parte fundamental na saúde integral.
Quais são os principais desafios que a saúde integral deve superar?
Na área da saúde existe uma necessidade imediata de uma formação clínica que considere a mudança no papel do médico, que vai de maior protagonista para ser um integrante do time, que vai compor uma avaliação multidimensional da continuidade da assistência. Além disso, nos dias atuais, as características dos profissionais da saúde precisam atender à capacidade de dialogar com colegas de trabalho, atuar em equipe e competência clínica.
Apesar de o paciente não ser mais apenas um sujeito passivo na assistência, já que ele se torna ativo em relação ao seu próprio estado de saúde, é indispensável uma participação conjunta, principalmente durante as decisões clínicas.
No entanto, a participação dos indivíduos precisa ser considerada muito mais que uma forma de tornar os cuidados de saúde mais eficiente, ou seja, é necessária uma mudança considerável no papel do paciente nesse processo. Também, as instituições de saúde precisam ser reestruturadas, já que, além do aspecto técnico, há o espaço físico que comporta a interação das pessoas.
Como você pôde perceber, a saúde integral abrange o conceito de que corpo e mente não devem ser avaliados separadamente, já que são fatores que se relacionam. Ou seja, todas as áreas estão integradas, o que reflete em um atendimento mais amplo por parte dos profissionais, com foco em equipes multidisciplinares e maior protagonismo dos pacientes em decisões e tratamentos.
Achou este conteúdo relevante para você? Então, aproveite para seguir nossas redes sociais e ficar por dentro de novidades sobre outros temas. Estamos no Facebook, Instagram e LinkedIn.