A melhoria constante dos serviços é um fator a ser perseguido por empresas que buscam atender seus clientes com total satisfação — no ramo clínico e hospitalar não é diferente. Para tanto, é fundamental o controle rigoroso de processos, o que só pode ser alcançado com uma boa gestão de qualidade na saúde.
Uma gestão de qualidade é imprescindível às instituições que desejam se destacar frente às rápidas mudanças no setor da saúde. Isso porque um trabalho pautado pela excelência resulta em procedimentos mais eficazes, além de estimular atitudes diferenciadas e a interação com o mercado e o público interno e externo.
Mas, afinal de contas, como fazer uma gestão de qualidade na saúde que traga resultados palpáveis a uma organização? É o que vamos abordar durante o artigo. Boa leitura!
Qual a importância da gestão de qualidade na saúde?
Quando pensamos em gestão de qualidade na saúde, precisamos levar em conta todos os fatores que englobam esse conceito, como a educação, a difusão de informações, a formação profissional, o rastreamento de doenças e o acesso a ferramentas terapêuticas e tecnológicas.
Por isso, adotar um sistema de gestão de qualidade é uma necessidade das empresas que buscam o controle rigoroso de seus processos e a excelência na prestação de serviços. Inclusive, tal ação é vista como uma questão estratégica para os negócios em um contexto de rápidas transformações.
A qualidade é requisito fundamental para uma gestão eficiente. Esta, por sua vez, é imprescindível para garantir a plena satisfação nos serviços de saúde. Logo, empresas que a perseguem só têm a ganhar ao usufruir de seus benefícios, além de se livrar de apuros durante os processos de auditoria.
Uma boa gestão de qualidade na saúde permite a aquisição de competências. Ao mesmo tempo, estimula a prática de ações que aprimoram o trabalho e suprem as demandas atuais de estabelecimentos clínicos e hospitalares preocupados com a otimização de seus processos.
Além de estar alinhada às exigências legais vigentes, a gestão de qualidade proporciona segurança e economia durante a execução de procedimentos. Ao eliminar desperdícios e melhorar os níveis de eficiência dos serviços de saúde, ela contribui com a lucratividade das instituições.
Quais as boas práticas para o alcance da qualidade?
Uma gestão de qualidade na saúde é alcançada por meio de boas práticas a serem adotadas por clínicas e hospitais. A seguir, vamos falar sobre elas.
Mapeamento de processos
Saber qual é o papel de cada setor e quais são as atribuições dos colaboradores é uma obrigação dos gestores de saúde que buscam um maior controle dos processos, a fim de eliminar custos e elevar a eficiência dos serviços hospitalares ou clínicos.
Investimento em tecnologia
Os recursos tecnológicos são essenciais para uma gestão de qualidade por tornar eficiente a execução de processos em uma instituição de saúde. Inclusive, o investimento em equipamentos e softwares apropriados garante a segurança na realização de procedimentos e ajuda a reunir informações importantes para a tomada de decisões.
Escolha de materiais de qualidade
Optar por materiais de alto padrão de qualidade é outro fator determinante para empresas preocupadas em oferecer os melhores serviços aos pacientes. Afinal, a aquisição de itens adequados é uma forma de prevenir doenças, como crises alérgicas e infecções. Portanto, esse é um dos quesitos fundamentais para uma gestão de excelência.
Emprego de ferramentas de gestão
Sem dúvida, o uso de ferramentas que contribuem com a melhoria de processos é de enorme importância para uma boa gestão de qualidade na saúde. Entre elas, vale citar a matriz SWOT, que identifica oportunidades e ameaças, e o ciclo PDCA, que torna as atividades clínicas e hospitalares mais ágeis e claras.
Treinamento de equipes
Os profissionais de saúde precisam estar preparados para atuar conforme os processos e os recursos de gestão adotados pela empresa. Para tanto, é preciso investir em treinamento. Finalizada essa etapa e iniciada a aplicação de métodos mais eficientes, os benefícios logo serão sentidos pelos colaboradores e pacientes.
Promoção da comunicação
A falta de comunicação é a causa de muitos entraves e equívocos em determinados estabelecimentos de saúde. Por isso, é importante promover o diálogo em equipe e com os demais setores. Inclusive, há empresas que lançam mãos de sistemas para disseminar informações relevantes entre as diversas áreas, o que colabora para uma gestão de qualidade.
Definição e acompanhamento de métricas
Atualmente, estamos vivendo no paradigma da gestão baseada em dados, em que o mantra é simples: só se conhece o que se mede. As métricas e indicadores de qualidade são importantíssimos para que um serviço de saúde saiba quais são as oportunidades de otimização e ameaças a entregas de excelência para os usuários.
No entanto, é preciso compreender o que medir, o que gera valor ao seu público ou à gestão. Senão, você estará apenas mensurando as métricas de vaidade. Entre as possibilidades, estão a taxa de adesão aos tratamentos de doença crônica, taxa de reinternação, taxa de satisfação final pelo serviço, entre outros.
Busca por competitividade
Outro paradigma importante é a competitividade. Ou seja, suas decisões de otimização da qualidade devem ter em vista o que os concorrentes estão fazendo e está funcionando para atrair e satisfazer clientes. Desse modo, sua empresa pode começar a pensar em um planejamento estratégico para a criação de diferenciais competitivos.
Caso contrário, apesar de realizar e investir em melhorias, seu serviço de saúde não vai mudar o posicionamento de mercado. Afinal, os recursos vão para pontos que não atendem as demandas do mercado.
Gestão de qualidade centrada na sustentabilidade
Esse ponto tem dois desdobramentos: a sustentabilidade financeira e a ambiental. Ambas devem ser cultivadas e, de certa forma, são interdependentes. O primeiro conceito se refere a uma série de tomadas de decisão que permite que seu serviço de saúde tenha sempre um saldo em caixa para lidar com as flutuações mercadológicas e econômicas.
Já o segundo se refere a uma série de práticas com o objetivo de reduzir o impacto das suas atividades e operações no meio ambiente. Para isso, são implementadas medidas para redução do consumo energético e do desperdício de insumos, melhoria da gestão de resíduos, escolha por materiais e energias limpas, entre outras.
Qual a importância da tecnologia nos processos de gestão de qualidade da saúde?
Hoje em dia, há diversas ferramentas tecnológicas que permitem uma otimização da gestão de qualidade na saúde. As principais e mais populares são os sistemas ou as plataformas digitais de processos corporativos focadas nos serviços de saúde.
A partir delas, é possível:
- gerir pacientes e leitos;
- coletar dados estratégicos para a tomada de decisão;
- automatizar várias tarefas repetitivas;
- acompanhar métricas e indicadores de saúde em tempo real;
- padronizar e monitorar processos;
- melhorar os fluxos e o compartilhamento de dados, entre tantas outras ações estratégicas.
Além disso, a transformação digital tem trazido novas funcionalidades de inteligência artificial e de análise de dados. A partir delas, é possível gerir a qualidade do serviço sob uma perspectiva coletiva em tempo real; são os chamados softwares de Gestão de Saúde Populacional (GSP). Eles permitem:
- a compreensão do perfil epidemiológico da sua população para que seu serviço ofereça estratégias de promoção de saúde, prevenção de agravos e de tratamentos personalizados para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos usuários;
- a identificação de gargalos nos fluxos de cuidado e atendimento aos pacientes nos estabelecimentos hospitalares e ambulatoriais;
- o mapeamento das principais insatisfações e falhas apresentadas pelos usuários nos canais de atendimento;
- a tomada de decisão baseada em relatórios de situação de saúde ou de gestão a fim de alocar recursos com base nas prioridades da sua população.
Qual o papel do gestor para a excelência dos processos?
Já sabemos que a adoção de boas práticas é essencial para o alcance de uma gestão de qualidade na saúde. Mas, afinal de contas, como descobrir se elas estão surtindo o efeito desejado dentro de uma instituição? Em outras palavras, como medir os resultados dos novos processos?
Quem precisa responder a essa pergunta é o gestor de saúde, profissional responsável por administrar todos os recursos de um estabelecimento clínico e hospitalar, tais como financeiros, humanos, sanitários e logísticos, de modo a garantir o controle, a segurança e a qualidade dos serviços prestados.
De fato, os processos necessitam de acompanhamento regular para analisarmos a sua eficácia e readequá-los às necessidades da empresa. O trabalho da área de gestão de pessoas é de fundamental importância para a mensuração de indicadores, mas há outros tipos de análises que o gestor de saúde precisa levar em consideração.
Para examinar a qualidade de seus serviços, as instituições clínicas e hospitalares podem ser avaliadas por metodologias específicas, como a Acreditação e a ISO. Entre as vantagens desses métodos, podemos mencionar a melhoria da assistência, a eficiência no atendimento, o aperfeiçoamento no uso de recursos e a segurança proporcionada a pacientes e colaboradores.
Como você pôde perceber, a gestão de qualidade na saúde envolve os diversos aspectos inerentes ao dia a dia de um estabelecimento hospitalar ou clínico. Logo, para alcançar os resultados esperados, é fundamental levar em conta todas as variáveis e lançar mãos de práticas que auxiliem na otimização e na eficiência dos processos.
E então, o que achou deste artigo? Aprendeu como fazer uma boa gestão de qualidade na saúde? Aproveite e compartilhe este conteúdo em suas redes sociais para que mais pessoas aprendam também!