Um dos grandes desafios dos gestores de saúde é saber como dar feedback. Afinal, tal ferramenta não é um mero gesto para simplesmente fazer elogios ou criticar o trabalho do colaborador. É preciso apontar, de forma comprovada, como suas ações contribuem ou prejudicam o desempenho da instituição.
É por isso que dar e receber feedbacks é uma habilidade a ser desenvolvida e aprimorada pelas lideranças. Para colher bons frutos, é essencial saber comunicar com clareza as expectativas do estabelecimento clínico e hospitalar e compreender de que forma auxiliar os liderados a alcançarem os resultados esperados.
Neste artigo, vamos mostrar qual é a importância do feedback e dar dicas para empregar esse recurso de forma adequada em sua instituição de saúde. Veja!
Por que dar feedback?
O feedback é um recurso empregado por gestores e lideranças com o propósito de gerar confiança com cada integrante de suas equipes. Aliás, esse é apenas um dos objetivos do feedback — o que convenhamos, não é pouco. Na verdade, essa ferramenta é tão importante que impacta os resultados dos negócios.
No contexto clínico e hospitalar, buscar o alinhamento entre os valores da empresa e os colaboradores é de fundamental relevância para o alcance de bons resultados. Logo, é fortemente recomendado que os gestores de saúde implementem uma cultura de feedback que possibilite o protagonismo dos profissionais e o acompanhamento de seus próprios desempenhos.
Vale sublinhar que o feedback ocorre não apenas de líder para liderado. Ele também pode — e deve — acontecer deste para aquele e, ainda, entre os membros da equipe. Assim, todos saberão o que uns esperam dos outros, sempre lembrando que tais expectativas precisam estar ajustadas às metas e aos objetivos do estabelecimento hospitalar.
Feedback positivo e corretivo
O feedback pode ser positivo e corretivo. No primeiro caso, ele consiste em dar ênfase a ações que devem ser repetidas pelo colaborador, já que trazem resultados benéficos para a instituição. A recomendação é oferecer esse tipo de feedback de maneira pública, para que outras pessoas da equipe se espelhem no exemplo.
Por sua vez, o feedback corretivo visa corrigir determinado comportamento que tenha comprometido as relações com o colega e a equipe ou trazido impactos ruins para os negócios. Trata-se, muitas vezes, de uma situação delicada, mas que precisa ser encarada com naturalidade pelo líder e liderado. Afinal de contas, a crítica não é pessoal, mas tem a intenção de levar ao aprimoramento profissional.
O papel da liderança
Antes de dar feedbacks, o gestor clínico ou hospitalar precisa avaliar se eles agregarão algo útil ao colaborador e, consequentemente, à empresa. O ideal é que esse gesto motive e engaje cada integrante da equipe, mostrando a importância do trabalho individual e em grupo para o alcance de bons resultados.
É papel das lideranças sinalizar os pontos a desenvolver de um funcionário, mas também enfatizar suas habilidades e competências, primando pelo respeito e pela valorização profissional. Sendo assim, é importante ser transparente e oferecer feedbacks bastante claros e descritivos, colocando-se à disposição do liderado para ajudá-lo no que for necessário.
Vale destacar que, devido ao seu poder de motivar e encorajar os profissionais a serem cada vez melhores, o feedback contribui ainda para a retenção de talentos dentro da instituição. Como sabemos, esse é um fator relevante para a competitividade e a sustentabilidade dos negócios, além de representar um dos grandes desafios dos gestores de saúde.
Como dar feedback?
Quer saber como dar feedback de forma adequada? Confira, a seguir, nossas recomendações!
Planeje-se
A não ser que seja algo bastante pontual e urgente, o feedback não deve ser dado sem uma preparação prévia. É preciso avaliar antes os resultados e os deslizes dos colaboradores e ter registradas todas as informações importantes, que impactam tanto as relações com os colegas como o desempenho nos negócios. Assim, eles entenderão suas forças e o que precisam corrigir, e você os motivará a desempenhar um bom papel.
Crie um ambiente favorável
Já falamos neste artigo sobre a implementação da cultura do feedback, a qual cria um ambiente propício para a troca entre líderes e liderados, de forma a favorecer a transparência nas relações e estimular o crescimento e o desenvolvimento profissionais. Sem dúvida, as instituições de saúde só têm a ganhar com isso, pois colaboradores motivados a crescer oferecem o que têm de melhor.
Ouça seus colaboradores
Nada mais favorável do que o ato de dar feedbacks para alinhar objetivos e expectativas. Mas, a fim de alcançar esse propósito, é preciso que a relação entre o gestor e sua equipe seja horizontal. Vale lembrar que, como qualquer profissional, as lideranças também erram. Portanto, os liderados precisam ter espaço para expor seus anseios e, assim, contribuírem com o sucesso da instituição.
Reconheça os resultados dos liderados
Falar, com embasamento, como o trabalho dos colaboradores que você lidera traz impactos positivos para o estabelecimento clínico ou hospitalar é fundamental para motivá-los a continuar conquistando bons resultados. Portanto, aproveite o feedback para mostrar o desempenho dos seus liderados a toda a empresa, de forma que sirva de vitrine para outros profissionais.
Exemplifique
É preciso dar exemplos concretos para que o profissional entenda com clareza o impacto positivo do seu trabalho na empresa ou o que precisa fazer para superar desafios. No caso de alguma conduta que atrapalhe o resultado de toda uma equipe, não foque exatamente nela, mas na forma como um determinado comportamento afetou o desempenho ou a imagem do estabelecimento.
Veja-o como um recurso construtivo
O feedback não é um mero instrumento para fazer elogios ou críticas. Mais que isso, é um recurso estratégico para ajustar os anseios dos colaboradores aos da empresa. Sendo assim, não deve ser visto como algo incômodo, mas como uma medida necessária que beneficia não somente a instituição como também o colaborador, já que contribui com o seu desenvolvimento profissional.
Trace um plano de ação
O feedback serve principalmente para encontrar soluções para determinadas questões ou apontar caminhos, a fim de que o colaborador evolua ainda mais na carreira. Portanto, essa deve ser uma oportunidade para traçar um plano de ação. Você pode sugerir algum treinamento para que seu liderado desenvolva uma habilidade importante para o cargo que ocupa, por exemplo. Depois, é preciso avaliar junto com ele se a iniciativa surtiu efeito.
Viu como dar feedback não é tão difícil o quanto parece? Ter essa habilidade é essencial para quem deseja alcançar o sucesso em um cargo de liderança. Portanto, é importante que a ação seja conduzida de maneira completamente estratégica, a fim de que você, sua equipe e sua instituição colham os frutos tão almejados.
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