Queimaduras, cortes, fraturas e lesões nas mãos não são raras no ambiente hospitalar ou clínico. Inclusive, eles estão entre os principais tipos de acidentes no trabalho. No entanto, grande parte desses eventos poderia ser evitada com o uso correto de equipamentos de segurança, inclusive a luva para limpeza.
Aliás, o uso de luvas de proteção em determinados procedimentos é obrigatório nos hospitais, como durante cirurgias ou mesmo recolhimento de lixo — já que esse pode estar contaminado. Por mais simples e inofensiva que uma tarefa possa parecer, o risco de infecções é alto em estabelecimentos de saúde, mesmo com todo o cuidado para mantê-los sempre higienizados e desinfetados.
Para quem tem dúvidas sobre a importância do uso das luvas e como escolhê-las, abaixo, listamos algumas informações mais do que necessárias para aqueles que trabalham na área hospitalar. Confira!
Qual a importância da luva para limpeza em hospitais?
Por ser um item de segurança, a luva para limpeza engloba a lista de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual). Sendo assim, o produto é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos colaboradores no desempenho de suas atividades em um hospital ou estabelecimento de saúde.
Isso porque durante o trabalho de limpeza é comum o contato com altas e baixas temperaturas, assim como com agentes químicos e infecciosos que causam hipersensibilidade, alergias e infecções ou, até mesmo, comprometem os movimentos das mãos.
Como sabemos, as doenças ocupacionais geram custos médicos e faltas. Sendo assim, a ausência de um colaborador provoca sobrecarga nos demais e prejudica a qualidade dos serviços prestados. Portanto, o uso de luva para limpeza é uma regra que deve ser seguida à risca pelos colaboradores.
Porém, precisamos considerar que existem diversas opções oferecidas pelo mercado, feitas com materiais específicos para finalidades distintas. Logo, é fundamental optar por um modelo de luvas que atenda perfeitamente às necessidades de cada ambiente.
Como escolher a luva perfeita?
Para acertar na escolha da luva para limpeza de hospitais, precisamos observar alguns requisitos como tamanho, material e indicação de uso. A seguir, você descobrirá em quais principais detalhes é preciso prestar atenção ao escolher as luvas.
1. Tipos de luvas
Saber quais são os tipos de luvas é fundamental para a escolha do modelo perfeito para uso em hospitais. Feitos com substância sintética, os modelos em vinil, por exemplo, evitam alergias e a proliferação de bactérias, além de serem bastante resistentes.
Já as luvas ranhuradas têm cano longo e são antiderrapantes na área da palma da mão, dos dedos e nas pontas. Por oferecerem um bom nível de proteção, elas são muito utilizadas para a limpeza em hospitais. Há, também, as peças em borracha de nitrílica. Reutilizável ou no modelo descartável, o produto oferece alta resistência aos agentes corrosivos.
Outra opção de luva é a do tipo neoprene. Fabricado em borracha sintética, esse modelo é maleável, leve, antiderrapante, impermeável e resistente a altas e baixas temperaturas. Devido a seus atributos, ela ajuda no manuseio de diferentes materiais.
2. Tamanho da luva
As luvas para limpeza são normalmente encontradas nos tamanhos 7 (P) a 10 (EG), sendo cada uma delas ideal para diferentes circunferências de mãos. Para acertar na escolha, é preciso considerar o tamanho do membro de cada funcionário. Assim, evitamos o desconforto durante as atividades, bem como o desperdício do material.
Afinal de contas, o tamanho certo da luva para a mão auxilia na manipulação de objetos e dispensa o uso de força desnecessária na hora da limpeza, além de permitir a circulação sanguínea e a movimentação do membro. É válido ressaltar ainda que o produto adequado tem maior durabilidade.
3. Luva para cada atividade
Devido aos diversos modelos disponíveis no mercado, torna-se imprescindível saber qual peça é a mais recomendada para limpeza no segmento hospitalar ou clínico. Para uma compra perfeita, a dica é buscar informações antes de contatar o fornecedor.
Como já mencionamos, as luvas de neoprene são bastante indicadas, mas há outras alternativas, como as peças feitas em PVC, que são utilizadas na limpeza pesada. Por sua vez, os modelos em látex natural são conhecidos pela flexibilidade. Desse modo, a melhor escolha é aquela que se ajusta às características e necessidades de cada ambiente.
4. Conforto e qualidade do produto
O conforto e a qualidade são atributos essenciais para acertar na escolha da luva. Sendo assim, é preciso contatar um fornecedor altamente especializado em produtos de proteção hospitalar e clínica, que ofereça itens confeccionados de acordo com as normas de segurança vigentes.
Ao atender aos requisitos de proteção, tecnologia e conforto, as luvas auxiliarão no ótimo desempenho das tarefas e evitarão acidentes que poderiam ocasionar faltas por doenças ocupacionais. Afinal, tal quadro gera sobrecarga no trabalho e impacta a qualidade dos serviços prestados.
5. Itens hipoalergênicos
Uma recomendação importante é adquirir produtos que ajudem a prevenir doenças e infecções. Para tanto, é fundamental optar por itens hipoalergênicos, ou seja, que evitem alergias e os problemas decorrentes da reação. Dessa forma, o mesmo critério se aplica ao escolher a luva para limpeza de hospitais.
A alergia ao látex é um problema bastante comum que pode, inclusive, atrapalhar a execução do trabalho. Por isso, é de responsabilidade do gestor hospitalar garantir que funcionários com possível alergia tenham à sua disposição os equipamentos de proteção individual que estejam de acordo com suas condições.
Por que o uso de luvas é fundamental em um contexto de pandemia?
Temos consciência de que a luva de limpeza, bem como a de procedimentos de saúde, precisam ser utilizadas durante a execução de tarefas nos estabelecimentos clínicos e hospitalares, conforme as normas de segurança vigentes.
Em um contexto de pandemia, esse equipamento de proteção individual pode salvar vidas. Afinal, ele serve como barreira para evitar o contato de vírus com as mãos, um dos principais canais de transmissão de doenças.
Tomemos como exemplo o coronavírus (Sars-CoV-2), o qual tem alto grau de transmissão. Como ainda não há vacina nem remédio que contenham a infecção pelo vírus, a melhor forma de preveni-lo dentro das instituições de saúde é com a adoção de medidas rigorosas, incluindo o uso de luvas e de outros EPI’s.
No entanto, devemos lembrar que embora as luvas sejam altamente eficazes para evitar a Covid-19, elas não substituem a correta higienização das mãos. Portanto, é preciso lavá-las cirurgicamente com sabão antes e após a utilização desses equipamentos. Para desinfetá-las, a recomendação é utilizar soluções como o álcool em gel 70%.
Tais práticas são essenciais para promover o controle da doença não só dentro do estabelecimento clínico e hospitalar, mas também em todos os ambientes que frequentamos. Com menos casos registrados, o sistema de saúde tem condições de oferecer a devida assistência às pessoas infectadas e, consequentemente, suporte para que mais vidas sejam salvas.
Como utilizar e higienizar as luvas?
Sem dúvida, a escolha ideal é um passo importante para promover a saúde e a proteção do colaborador em um hospital ou uma clínica. Porém, de nada adianta adquirir o item perfeito se o uso e a higiene não são realizados de forma adequada.
A luva precisa ser utilizada com a face correta exposta. Em geral, essa parte contém a cor do produto e as informações sobre ele. Ao tomar esse cuidado, o funcionário estará protegido durante o desempenho de suas funções e se sentirá confortável para executar o trabalho da melhor maneira.
Do mesmo modo, é preciso higienizar o produto corretamente, caso não seja descartável. Isso é feito com a luva ainda nas mãos. Basta lavá-la com água e sabão neutro e secá-la com papel-toalha. Caso precise de mais informações, é importante entrar em contato com o fornecedor do produto.
Como fazer o descarte das luvas?
Como sabemos, alguns modelos de luvas são descartáveis e, portanto, não podem ser reutilizados. Mesmo as opções reutilizáveis têm um período de vida útil. Sendo assim, é preciso prestar atenção nas orientações do fabricante para descartá-las no momento ideal.
Além disso, se a luva de limpeza rasgar, por exemplo, deve ser retirada na mesma hora e trocada por uma nova. Para evitar doenças e contaminações, há um procedimento específico para remover o EPI que será descartado. Veja o passo a passo a seguir:
- puxe uma das luvas virando-a pelo lado avesso, mas ainda mantenha parte dela na mão;
- com essa mão, remova a outra luva por completo;
- depois, retire a luva que já está virada.
Luvas que perderam a vida útil ou as opções descartáveis que já foram utilizadas tornam-se resíduos hospitalares, portanto, devem ter o destino adequado para evitar a proliferação de doenças entre os próprios colaboradores e os pacientes.
Na classificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), esses EPI’s pertencem ao grupo D de resíduos produzidos por hospitais, clínicas e demais instituições de saúde. Sendo assim, são caracterizados como materiais infectantes.
Por conta disso, o equipamento deve ser descartado em recipiente devidamente identificado e vedado, o qual não ofereça risco de tombamento, vazamento e ruptura. A coleta do material é realizada por empresa especializada, encarregada de destiná-lo aos aterros sanitários.
Estabelecimentos de saúde que desobedecem às normas de descarte estão sujeitos às penalidades da Lei nº 6.437/77, que incluem autuações, multas e interdição do local (parcial, completa ou permanente).
Como deve ser a limpeza e higiene hospitalar?
Seguir as práticas corretas de limpeza e higiene hospitalar é essencial para garantir tanto a segurança dos colaboradores, como também dos pacientes que frequentam o local. Órgãos como a Organização Mundial da Saúde, a Anvisa e as Secretarias de Saúde disponibilizam informações práticas sobre como a limpeza e higienização devem ser feitas.
Primeiramente, o gestor responsável pela área deve criar um planejamento a ser seguido pelos colaboradores. Esse planejamento precisa conter a rotina que deve ser respeitada, processos de avaliação e monitoramento das atividades desenvolvidas e, claro, o planejamento e controle de estoque dos produtos usados para a limpeza e higienização.
De forma geral, existem dois tipos de limpezas que são realizadas nos ambientes hospitalares. A primeira delas é aquela de rotina, ou seja, limpeza dos banheiros, pisos, cozinhas, áreas comuns e recolhimento de lixo, por exemplo.
O segundo tipo de limpeza é aquela mais completa e específica, onde é preciso estar ainda mais atento aos detalhes e execução de cada etapa. Por exemplo, quando um paciente recebe alta ou mesmo após situação de óbito a equipe precisa limpar e desinfetar o ambiente que, por sua vez, receberá outro paciente.
O hospital deve definir em seu plano de procedimentos informações importantes como a frequência com que cada área deve ser limpa e higienizada. Afinal de contas, certos lugares onde a circulação de pessoas é mais intensa demandam limpezas mais frequentes do que outros.
Quais dicas seguir?
Organização e planejamento são palavras-chave que devem fazer parte do dia a dia da equipe de limpeza para que todas as tarefas necessárias sejam bem executadas. Uma dica muito importante que deve ser seguida pelo gestor da área é fazer uma classificação dos diferentes ambientes hospitalares de acordo com os seus riscos.
Por exemplo, os riscos de contaminações e infecções nas áreas administrativas são diferentes dos de uma área de internação. Levando isso em consideração, será mais fácil para o responsável pela limpeza saber quais cuidados precisam ser tomados.
Definindo métodos de limpeza, produtos e equipamentos necessários para cada situação da rotina, o gestor vai garantir a otimização do trabalho e também melhor rendimento dos materiais de limpeza. Por isso, é essencial padronizar a dinâmica de trabalho para que cada colaborador saiba exatamente o que fazer em cada momento.
Por último, é de fundamental importância que cada colaborador tenha o treinamento necessário antes de iniciar as suas atividades. Mesmo que a equipe de limpeza seja de uma empresa terceirizada, é indispensável oferecer um treinamento para que ela conheça as diretrizes do local.
Claro, sempre que possível, reciclagens e novos treinamentos, de acordo com a inclusão de novos procedimentos, são importantes e ajudam a manter a qualidade do serviço prestado.
Agora, sim, aprendemos como escolher a luva para limpeza adequada ao ambiente clínico e hospitalar. Por fim, precisamos ressaltar a importância de adquirir um produto de qualidade para promover a saúde e a proteção dos colaboradores. Logo, é fundamental buscar por empresas especializadas no segmento, cujas soluções atendam a requisitos essenciais, como conforto e alta proteção.
O que achou do conteúdo sobre luva para limpeza em ambientes hospitalares? O estabelecimento em que atua investe em EPI’s de qualidade para proteger os colaboradores? Fique à vontade para falar sobre suas experiências ou comentar algo que ache pertinente!