Um dos principais cuidados que todo gestor hospitalar precisa ter está relacionado com as práticas de segurança do local. Isso envolve a implementação de todas as normas e diretrizes do setor, como é o caso da NR32, oferecimento de treinamento adequado a todos os colaboradores, independentemente do setor, além de uma gestão de EPI’s eficiente.
O termo EPI significa Equipamento de Proteção Individual, e não é usado apenas no setor hospitalar. Em cada campo de trabalho, os profissionais precisam usar no seu dia a dia diferentes equipamentos de proteção. Seja na construção civil, em uma cozinha industrial ou mesmo hospital, cada profissional precisa ter à sua disposição os EPI’s necessários para a execução do seu trabalho.
Para o gestor hospitalar que tem dúvidas sobre como administrar de maneira eficiente os EPI’s, abaixo listamos algumas dicas que podem ser colocadas em prática agora mesmo. Confira!
Por que é preciso se preocupar com a gestão de EPI’s?
Não há dúvidas sobre a eficiência da gestão de EPI’s para o estabelecimento, tendo em vista que essa prática colabora para a segurança jurídica da organização, ajudando a manter os processos regulares e evitar o ajuizamento das demandas trabalhistas.
Também, o gerenciamento protege os colaboradores, contribuindo para a redução dos riscos de acidentes e, consequentemente, mantém um ambiente laboral mais seguro para o exercício das atividades.
Como realizar uma boa gestão de EPI’s?
Existem várias práticas para fazer uma gestão de EPI’s eficiente. A seguir, vamos mostrar as principais!
1. Mapeie todos os EPI’s que são necessários
O primeiro passo para uma gestão eficiente é identificar o que realmente é necessário usar no dia a dia hospitalar. Como mencionado, cada campo de trabalho precisa de EPI’s específicos, então, nada de sair comprando tudo o que for oferecido sem saber se terá ou não utilidade na empresa.
Alguns dos EPI’s mais comuns na área da saúde são diferentes tipos de luvas, máscaras, aventais, protetores para os sapatos e toucas. Faça uma avaliação sobre a frequência de uso de cada um desses equipamentos e sempre trabalhe com listas para fazer as compras, assim o controle será bem mais fácil.
2. Procure os melhores fornecedores
Outra dica essencial é procurar as melhores empresas para criar parcerias — e isso vale para tudo, não apenas para a compra dos equipamentos de proteção. Procure empresas que sejam especializadas no assunto, pois elas costumam ter o que há de melhor no mercado, voltado para necessidades específicas e com preços mais competitivos.
Inclusive, a compra desses equipamentos pode ser feita pela internet, uma maneira muito mais cômoda e ágil para o gestor. Pesquise quais são as referências no mercado e procure sempre se associar a empresas com credibilidade.
3. Faça um controle de estoque
Muitos gestores acabam desempenhando um trabalho pouco eficiente por não se importarem com o controle do estoque. Sem controlar de perto as entradas e saídas de produtos e avaliar a frequência com que cada equipamento precisa de reposição, não tenha dúvidas de que a empresa vai perder muito dinheiro com desperdícios.
Não se deve apenas controlar a entrada e saída de mercadorias, mas a cada período é preciso fazer análises criteriosas dos números para saber como fazer compras mais eficientes, que atendam as necessidades da empresa.
4. Atente-se para as normas
Se a primeira dica é justamente listar todos os equipamentos que precisam ser adquiridos antes de ir às compras, é importante não se esquecer também de seguir as regras determinadas pelos órgãos responsáveis sobre o tipo de EPI que é autorizado.
Por exemplo, há diferentes tipos de luvas no mercado, mas em cada setor do hospital é permitido o uso de determinadas versões. Quem trabalha no departamento de limpeza, certamente não vai usar o mesmo tipo de luva de quem trabalha no laboratório do hospital.
5. Registre a entrada e saída dos equipamentos
É essencial documentar a entrada e saída dos equipamentos, considerando que esse registro pode ser usado como documento comprobatório de que a empresa está cumprindo com suas responsabilidades e, com isso, evitar problemas em casos de ações trabalhistas.
Também, essa prática contribui para um controle eficaz do estoque, o que evita a falta de itens de proteção, fazendo com que o funcionário fique sem equipamentos para realizar suas atividades com segurança; bem como o seu excesso, correndo o risco de manter materiais com a data de validade vencida.
6. Não reaproveite os EPI’s
O EPI tem uma validade e vida útil. E, dependendo dos riscos aos quais o item é exposto, sua vida útil pode ser menor do que a validade especificada pelo fabricante.
Então, caso o EPI, no decorrer do seu uso, tenha a validade vencida ou seu tempo útil finalizado e ocorrer algum acidente com o colaborador, toda a responsabilidade será da organização. Sendo assim, o ideal é não reutilizar, mas sempre contar com itens novos, que tenham boa durabilidade, qualidade e que estejam adequados ao prazo de validade e vida útil do produto.
7. Aposte no conhecimento da equipe
É importante se certificar de que o time de colaboradores está bem treinado e que tem o conhecimento necessário sobre os EPI’s, como a forma de utilização, guarda, conservação e demais informações relevantes. Isso porque, para que o equipamento seja eficaz, é preciso ser usado de maneira adequada.
Nem sempre os funcionários vão ter esse conhecimento, então, é preciso instruí-los corretamente para que possam exercer o seu papel na busca por um ambiente laboral seguro. Quando o trabalhador é conscientizado sobre a importância do EPI para a própria segurança, terá o compromisso de utilizá-lo, e a empresa terá menos problemas com a fiscalização.
8. Forme uma equipe responsável pela gestão de EPI’s
Outra questão que pode ajudar para uma gestão eficiente é a constituição de uma equipe responsável por essa tarefa, por exemplo, um técnico em segurança do trabalho. Afinal, se a empresa deixar os itens sob a responsabilidade de um funcionário que não tem experiência e capacitação, pode gerar problemas.
Um time capacitado é essencial para um gerenciamento efetivo, em que a organização poderá confiar quanto à distribuição dos equipamentos, acompanhamento da sua utilização por parte dos trabalhadores, implementação de demais práticas de controle de risco e demais.
Viu só como não é tão difícil fazer uma gestão de EPI’s hospitalares eficiente? Basta se organizar e fazer um controle sistemático de todas as etapas do processo, assim se evitará desperdícios e muitas dores de cabeça.
E se você gostou dessas dicas sobre gestão de EPI’s, aproveite sua visita no blog para entender quais são os principais materiais hospitalares descartáveis e seu uso!