Definitivamente, o desperdício de qualquer material deve ser evitado por inúmeras questões, sejam econômicas ou ambientais. Infelizmente, esse ainda é um problema muito recorrente não apenas nas residências, mas também nos ambientes de trabalho e, nesse caso, os gestores precisam sempre pensar em medidas que possam combater o problema. Nesse sentido, as causas do desperdício hospitalar precisam ser identificadas e, consequentemente, evitadas.
Em um hospital, as consequências do desperdício são inúmeras. A começar pelo lado financeiro, cada material descartado, usado incorretamente ou mesmo que tenha data de validade expirada antes do uso significa prejuízo. Além disso, a consequência ambiental também deve ser levada em consideração, pois foram usados recursos para a produção desses materiais, e o fato de eles serem descartados na natureza também gera muitos impactos ambientais que deveriam ter sido evitados.
E para você que tem dúvidas sobre como combater os desperdícios e conscientizar os colaboradores sobre isso, abaixo listamos algumas dicas sobre o tema. Confira!
Quais são as principais fontes dos desperdícios hospitalares?
Inúmeras são as fontes de desperdícios hospitalares. A seguir, vamos mostrar as principais:
- retrabalho: é a necessidade de refazer alguma atividade que não foi realizada como deveria;
- espera: é um dos maiores motivos de desperdício e pode ser facilmente identificada. Por exemplo, um técnico em enfermagem que precisa aguardar muito tempo por uma medicação na farmácia por não tê-la no posto de trabalho;
- perda por movimentação: movimentação de pessoas sem necessidade, como no exemplo mencionado acima;
- estoque ineficiente: o excesso de medicamentos pode levar a perdas por validade expirada, enquanto a falta pode causar a interrupção de tratamentos e gerar custos adicionais por compras de emergência.
O que fazer para evitar o desperdício hospitalar?
Você pode implementar diversas práticas para evitar o desperdício hospitalar. Veja algumas dicas!
Planeje para evitar desperdícios
Planejar as compras, seja em casa ou em um hospital, é a regra número 1 que deve ser seguida com a finalidade de se evitar desperdícios. Sabendo exatamente os materiais e artigos que precisam ser usados durante um período específico, fica mais fácil realizar as compras, além de evitar gastos excessivos.
Então, antes de ir às compras, faça uma lista que atenda às necessidades do dia a dia da empresa, afinal, também não se pode querer fazer economia ao ponto de faltar materiais importantes usados na rotina hospitalar, como luvas e máscaras, por exemplo. Cada empresa deve definir as épocas de compras de acordo com as necessidades do local.
Esses intervalos de compras podem ser semanais, quinzenais ou mensais, tudo dependerá da rotatividade dos produtos e demanda. Mas seja qual for o período escolhido, antes de entrar em contato com os fornecedores é preciso fazer uma lista, pois assim como nas compras domésticas, esse recurso é muito eficiente para se evitar aquisições impulsivas.
Faça controle de estoque
Um estoque desorganizado, sem dúvidas, significa prejuízos para qualquer empresa, inclusive um hospital. Nesse quesito, é preciso sempre prezar pelo equilíbrio, pois um estoque vazio pode significar falta de produtos básicos que inviabiliza a execução correta do trabalho dos profissionais. E o contrário, ou seja, um estoque muito cheio, significa dinheiro parado, pois recursos financeiros foram investidos, mas sem necessidade naquele momento.
De forma geral, quando se pensa em otimizar a rotatividade do estoque, é importante que o gestor leve em consideração os seguintes pontos:
- os cadastros precisam ser padronizados para se evitar duplicações e demais erros que dificultam o controle rigoroso;
- o cadastro de fornecedores precisa estar sempre completo e atualizado. Sempre que necessário, pesquise novas empresas para estabelecer parcerias, visando encontrar produtos de melhor qualidade, inovadores e com preços atrativos;
- todos os processos do departamento de compras precisam ser padronizados, com orientações específicas sobre quando comprar, quantidades e onde comprar;
- estoque também significa armazenagem, e essa questão deve ser sempre observada, pois alguns produtos requerem cuidados específicos quanto à sua armazenagem, como temperaturas e perecimento;
- invista em recursos tecnológicos para que a gestão do estoque seja cada vez mais eficiente e as atualizações em tempo real. Hoje, existem vários softwares de controle de estoque específicos para a área hospitalar, o que facilita o trabalho do gestor e também dos colaboradores;
- sempre avalie a rotina do departamento de estoque, com o intuito de melhorar as práticas e torná-las mais eficientes.
Acompanhe os indicadores
O giro do estoque somente será eficiente se o setor de compras sempre seguir os procedimentos definidos, se os colaboradores do setor souberem executar corretamente todas as suas funções e, claro, se o gestor acompanhar rotineiramente os indicadores do departamento.
O estoque deve ser controlado baseando-se em indicadores. Inclusive, há vários deles, e uma combinação diferente pode ser usada em cada empresa, de acordo com o seu segmento e realidade. No que diz respeito a um hospital, para se evitar desperdício o gestor deve estar sempre atento a indicadores de controle de estoque como estes:
- giro de estoque;
- pedidos sem avarias;
- pedidos com avarias;
- ruptura de estoque;
- taxa de retorno;
- índice de atendimento;
- vendas perdidas por falta de mercadoria.
Analisando o giro do estoque será possível identificar quais são os produtos com saída mais frequente e aqueles que não são muito usados, ou seja, que demandam compras menos frequentes. Como o próprio nome diz, o indicador pedidos sem avarias mostra os pedidos que foram entregues sem nenhum problema, e o contrário pode ser contabilizado com o indicador pedidos com avarias.
O indicador rupturas de estoque compara o número de produtos em falta com os itens que estão disponíveis para o uso. Já a taxa de retorno mostra a quantidade de produtos que retornaram ao estoque depois de terem sido vendidos. O índice de atendimento aponta a quantidade de clientes satisfeitos com a quantidade de mercadorias disponíveis no estoque.
No caso de um hospital, isso pode ser entendido como o número de pacientes que foram atendidos com todos os recursos necessários, sem ter faltado algo para que os procedimentos fossem completados, como uma medicação, por exemplo. E o indicador de vendas perdidas por falta de mercadoria em um hospital pode ser entendido como aquelas ações que não puderam ser feitas por falta de produtos em estoque.
Capacite e conscientize a equipe de trabalho
Oferecer um treinamento completo à equipe que lida diariamente com o estoque também é indispensável. Além do mais, esse é um setor que está sempre passando por inovações e atualizações, por isso, é importante também manter os colaboradores sempre bem informados e treinados para que eles possam trabalhar com a máxima eficiência todos os dias.
Automatize os processos
Por meio da automatização dos processos é possível usar a tecnologia para executar tarefas burocráticas e pouco efetivas para o negócio. Com boas ferramentas é possível realizar a gestão de estoque de materiais, monitorar os recursos financeiros, entre outras funções dos gestores e profissionais de saúde.
Entre seus benefícios está o aumento da produtividade da equipe, que não vai precisar perder horas com uma atividade que gera pouco retorno para o hospital, tempo que poderá ser usado de forma estratégica pelos integrantes da equipe. Assim, é possível alcançar melhores resultados em menor tempo.
Terceirize os serviços
Outra forma de minimizar os gastos em hospital é por meio da terceirização de serviços. Por exemplo, podemos apontar o time da limpeza, já que é importante contar com funcionários qualificados e especializados na função. Dessa forma, a instituição de saúde não precisa se preocupar, por exemplo, com a compra de produtos, equipamentos e treinamento dos colaboradores.
Isso porque todas essas despesas são de responsabilidade da prestadora de serviços. Então, os hospitais, clínicas, laboratórios e demais conseguem diminuir os custos na manutenção desses serviços e, ao mesmo tempo, não deixam de executar um serviço de qualidade para atender os pacientes da melhor forma possível.
Além disso, o orçamento do estabelecimento recebe uma folga, com mais recursos disponíveis para investir em melhorias.
Estabeleça protocolos assistenciais
Outra questão relevante para diminuir gastos em hospital é a criação de protocolos assistenciais, que se trata de uma documentação para definir a padronização dos processos internos. Isso assegura que os profissionais sempre tenham o suporte adequado para tomar decisões acertadas que busquem resolver qualquer tipo de desafio ou problema que possa aparecer.
Esse é um cuidado importante para o dia a dia dos membros do time, bem como para a execução de tarefas administrativas. Em longo prazo, a elaboração desses protocolos vai contribuir para a prestação de um serviço com alto padrão de qualidade, já que vai servir como parâmetro para que todos os funcionários estejam orientados da melhor forma ao desenvolverem seus papéis.
Analise os fornecedores com frequência
Também é possível reduzir o desperdício hospitalar ao realizar uma análise frequente dos fornecedores. Afinal, contar com os mesmos fornecedores por muito tempo pode ser benéfico por um lado, mas, em algumas situações, pode ocasionar em preços mais elevados.
Por esse motivo, é necessário estar sempre atento às novas opções do mercado, que podem oferecer produtos e serviços de igual ou melhor qualidade por um preço mais interessante. Mesmo que pretenda manter a fidelidade, compreender o preço praticado pelos demais fornecedores é importante para negociar valores com o fornecedor atual.
Como pode perceber, existem várias maneiras de evitar os desperdícios hospitalares. Ao focar nessa gestão hospitalar eficiente, não tenha dúvidas de que a empresa e a sociedade serão os grandes beneficiados, tanto com a economia de recursos financeiros como ambientais também.
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