Como sabemos, a vacinação é de fundamental importância para salvar vidas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela evita de dois a três milhões de mortes por ano em todo o planeta. Para tanto, é preciso garantir a integridade dos imunizantes desde o momento em que eles deixam os laboratórios até a aplicação nos pacientes.
Entretanto, assegurar o eficiente controle de vacinas dentro dos hospitais não é algo simples. Regras rígidas devem ser adotadas para o alcance desse objetivo. Do contrário, os imunizantes podem perder o efeito, acarretando prejuízos financeiros e até mesmo riscos à reputação da instituição hospitalar.
Neste artigo, vamos explicar melhor a importância de um eficaz controle de vacinas nos hospitais e o que deve ser feito para alcançá-lo com excelência. Acompanhe!
Por que fazer o controle eficiente de vacinas?
Não maneira de garantir a segurança e a eficácia das vacinas sem fazer o controle eficiente dos imunizantes. Sem isso, o hospital corre um grande risco de sofrer prejuízos financeiros e com os órgãos reguladores, além de ter problemas relacionados com a imagem institucional.
Devido à falta de controle, as instituições de saúde podem deixar de atender pacientes por causa da carência de imunizantes no estoque. Ainda, é possível que armazenem vacinas fora do prazo de validade ou façam aquisições além da demanda, acarretando perdas que poderiam ser evitadas com uma boa gestão.
Um eficaz controle de vacinas assegura:
- a previsão de demandas;
- a geração de informações (dados dos pacientes, detalhes sobre a aplicação, datas de agendamento, outras vacinas aplicadas anteriormente etc.);
- a rastreabilidade, o que permite o monitoramento de lotes e garante análises apuradas para a gestão de vacinas;
- a prevenção de desperdícios, já que evita a compra em demasia de vacinas que têm pouca saída ou a aquisição insuficiente de imunizantes.
Como fazer o controle de vacinas?
Até agora, aprendemos qual é a importância do controle de vacinas em um hospital. Mas, afinal de contas, como fazê-lo de maneira eficiente? Essa é uma das grandes preocupações dos gestores hospitalares. Se esse também é o seu caso, saiba que uma excelente gestão de imunizantes depende de uma série de variáveis.
Abaixo, apresentamos os principais fatores que devem ser considerados para você fazer um controle de vacinas eficaz em sua instituição hospitalar. Veja!
Atente às regulações do setor
Atentar às regulações do setor deve ser o primeiro passo dos hospitais que almejam, de fato, fazer um controle eficiente de vacinas. Afinal de contas, deixar de prestar atenção ao que determinam os órgãos reguladores é um prato cheio para uma série de equívocos dentro da unidade hospitalar.
Em primeiro lugar, os estabelecimentos precisam contar com profissionais certificados para o exercício de aplicação de imunizantes. As normas reguladoras preveem ainda que os pacientes tenham acesso aos dados de registro da Anvisa; logo, o colaborador precisa estar preparado para sanar quaisquer questões que venham a ser feitas.
Analise a demanda de vacinas no hospital
Como dissemos, a compra demasiada de vacinas acarreta prejuízos à instituição. O mesmo ocorre quando o hospital compra uma quantidade insuficiente de imunizantes, deixando muitos pacientes desprotegidos. Por isso, é importante ter uma previsão de demanda, ou seja, avaliar as entradas e as saídas de vacinas dentro do estabelecimento.
Essa previsão pode ser alcançada com base na média de procura por vacinas nos últimos dois anos. Obviamente, haverá períodos de grande busca, especialmente quando ocorrem surtos de determinadas doenças em algumas regiões. Logo, é preciso levar em conta uma margem de segurança, já que imunizantes são produtos escassos em todo o mundo. Mas, lembre-se de atentar à validade dos lotes adquiridos.
Organize os imunizantes por validade
A organização por validade deve ser feita para evitar perdas por vencimento. Sendo assim, as vacinas com o prazo de validade mais próximo precisam ser aplicadas primeiro. Para que o profissional saiba quais imunizantes devem sair antes do estoque, é fundamental armazená-los em prateleiras separadas.
Sem esse controle, infelizmente, muitas vacinas podem ir para a lixeira. Para evitar desperdícios e prejuízos financeiros, a recomendação é verificar periodicamente o estoque para saber quais imunizantes estão próximos do prazo de expiração. Se houver muitos produtos perto do vencimento, isso significa que o hospital precisa rever a gestão de compras de vacinas.
Cuide para que as vacinas sejam armazenadas adequadamente
As vacinas são produtos biológicos sensíveis, logo, qualquer descuido quanto à armazenagem pode colocar em risco sua eficácia. Em outras palavras, é preciso seguir à risca as normas de armazenamento determinadas pelos fabricantes a fim de evitar a perda dos imunizantes.
Vacinas feitas de microrganismos atenuados ou vírus inativo podem ser armazenadas em frigoríficos comuns. Tomando como exemplo os imunizantes contra o coronavírus, esse é o caso das vacinas CoronaVac e da Oxford AstraZeneca.
Por outro lado, os imunizantes da Moderna e da Pfizer BioNtech devem ser armazenados a uma temperatura de -20°C e -70°C respectivamente. Vale lembrar que tais vacinas estão disponíveis apenas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ao menos durante o contexto de pandemia.
Lance mão de um bom sistema de gestão
Em hospitais de médio a grande portes, um controle eficiente de vacinas só pode ser alcançado com um bom sistema de gestão. Ao possibilitarem a automatização de tarefas, os softwares minimizam consideravelmente as chances de erros, além de otimizarem tudo o que diz respeito às rotinas de vacinação.
Mas as vantagens de um sistema automatizado vão além. Afinal, ele garante o registro de todas as informações relativas às vacinas e aos pacientes, como localização dos imunizantes, fabricantes, prazo de validade, data de aplicação, quem foi o paciente beneficiado, entre outras. Tais dados são imprescindíveis para a redução de perdas e custos e uma gestão eficiente.
Agora você sabe qual é a importância do controle de vacinas e como fazê-lo de maneira eficaz em seu hospital. Sem dúvida, a tecnologia é essencial para o alcance da eficiência. Porém, lembre-se de que uma excelente gestão requer também a interpretação correta dos dados gerados pelos softwares de saúde para usá-los em prol da instituição hospitalar.
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